Nem tudo pelo social
Tudo pelo social, menos a arte, por
favor.Pelo menos não em tom assistencialista.Arte não presta
assistência, antes pelo contrário, serve para confundir mais ainda as
coisas.Ritmos estrambóticos que agoram empunham a bandeira da união
social deveriam ser banidos por atentado ao bom gosto.Excrescências como
Hip Hop, Funk carioca, RAP e subgêneros.Ah, e não me venham com este
patati patatá de que gosto não se discute que eu não sei fazer outra
coisa melhor senão discussão de gosto.Toda esta fila de mamulengos que
enumerei é mortalmente ruim mesmo:as letras são patéticas, a melodia
inexiste, o ritmo é chato e aborrecido.Na somatória do mau gosto, tudo
se perde, menos os tímpanos em sofreguidão.
Mas análise estética deste tipo de ‘’música’’ não é
meu propósito e até seria covardia fazê-lo aqui.A nhaca é que toda esta
ruindade estrondosa agora vem com o selo de ‘’socialmente saudável’’.Uma
maneira matreira , engenhosa e politicamente correta de embalar
porcaria com papel celofane, que o povo acha que é chique.A notória
porcaria envolta em um discurso de libertação e união das
comunidades.Libertação diretamente importada dos ‘’ianques
imperialistas’’ que as >
Triste sina de um país que outrora mantinha o posto
de maior celeiro de música popular do mundo.E não, não falo do Brasil,
falo dos Estados Unidos.Um país que já cultivou talentos como Cole
Porter, George Gershwin, Billie Holliday e tantos outros agora só
exporta cocô musical.Algum cocô pop é deletado pela intelligenstia
brasileira.Outro tipo de cocô, o tal Hip Hop e suas variantes seguem
reforçando o discurso da banda podre da tal intelligentsia tupiniquim:a
aqui já citada esquerda festiva.A diferença é que lá nos EUA, os ‘’Hip
hoppers’’ cultivam o dinheiro, a cafetinagem, a vulgaridade, a
prostituição e a bandidagem como meio de subversão social.Rebeldes
integrados, those boys… E aqui, como bons e tradicionais brasileiros,
nossos hoppers não cultivam nada a não ser o barulho de sua própria
estupidez.
Mas a coisa vai ainda mais longe.Dia destes, aqui em minha
provinciana Belo Horizonte, um deste grupos de Hip Hop resolveu adestrar
policiais de uma favela e ensiná-los a tocar tambor para fazer uma
espécie de grupo de percussão para se integrarem aos membros da
comunidade.Não é uma tetéia? Já que policiais são despreparados, não
sabem defender o cidadão, que os botem para bater lata.É, como diz o
famigerado e politicamente correto discurso da intelligentsia da
esquerda festiva, ‘’a arte integrando as mais diversas tribos’’.A
pergunta é :que arte? E se são tribos, então que fumem um cachimbo da
paz quietinhos, em silêncio, sem conspurcar o nome da arte no meio do
negócio.