Conto de fadas revisitado
Cerro os dentes e engulo a seco sapos rotundos
que me causarão náuseas físicas metafísicas não digeridas
não evacuadas assimiladas internamente como mal estar
endêmico cristalizado no sorriso amarelo esqualidamente cortês
Os sapos pululam festejantes em meus órgãos ressequidos
sorvendo ávidos a safra imemorial de minha bílis acumulada
Suas sombras serão expectoradas pelas minhas feridas abertas
sobre cabeças mãos e bocas de quem não os merece
perfazendo assim o ciclo do encanto delicadamente nefasto
E me redimirei como príncipe dos despojos de meus algozes
e vítimas inocentes.