Um cão, apenas.
Um cão me olha
em bruta súplica de afeto
sem ambigüidade latente:
plácido translúcido mendicante
Atendo ao apelo do cão
entre constrangido e complacente
ao humano reflexo canino
do meu ganido silencioso:
enviesado turvo mendicante
O cão festeja meu toque
sem pejos ou escrúpulos de vergonha
insciente da minha pretensa indiferença calculada.