Koussa
Não te vejo
mas te sinto onde te invento
bricolada na intenção do desejo
Não te sei
e sorvo o naufrágio do descaminho
de teu norte desorientado
onde me abandono e me perco
à margem do esboço do teu corpo
criado ressucitado
à imagem e assimetria
de meu fim e recomeço
onde
por nada mais a perder
busco o ganho da perda
do que não te foi encontrado
no entanto e além
não te perco
porque te toco na ausência escalpelada
de tua pele
que acalenta e reveste
meu corpo incompleto.