2012-04-13 10:35:00

       
  

Ignorância

 

Não se sabe tempo o tempo que medimos

perdas e ganhos desmedidos pela ignorância da sorte

Não se sabe amor o amor que criamos

para compensar a desmedida que valemos

 

Não se veem os olhos com que adornamos

a imagem da criação que não entendemos

porém tentamos

 

Não se furtam as coisas de existirem

embora não se saibam e se ofereçam

ao nosso olhar e interpretação

em sua complacente doação sem causa

 

Assim não nos sabemos

e nos tentamos e nos doamos

com causa forçada, sem mérito

e nos criamos pela entrega

à nossa ignorância calculada.