2014-07-02 00:31:00

       
  

A um amigo

Por vaidade, te vingas
de quem não te adora
com a falsa indiferença
que tua íntima fome alimenta
e te devora
Por soberba, te vendes
a quem te ignora
doando-te ao preço
que negocia teu apreço
ao que te deplora
Te escalas ao avesso, pelo precipício,
caindo de ti, desde o início:
te apoias na pele do que não vês
rasgando a carne do que crês
E crês sempre no que te trai
cavando o remorso que te esvai
(receba, amigo, esta canção
como reversa oferta de perdão).

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