Há um bode descansando
à sombra de cada culpa
vomitando
a sombra de cada culpa
nutrindo a morte de seu sumiço.
Bode nutrido
pela gordura da consciência
que sobra
na falta do corpo do assassino
e alimenta nossa fome.
Há sangue humano
no sacrifício do bode
sangue desumano
que banha
o gozo do mártir
escorrendo a seco
em sua imunda beleza .