Do teu ódio ,
eu colho a cicatriz da tua cegueira
e broto em teu corpo
a violenta semente do perdão
que ignoras.
Do teu ódio ,
justo pelas chagas surdas
da tua indignação ,
eu colho teu avesso
na sombra com que cobres teu sol
que me reveste no teu corpo
que me escondes;
teu sol oculto que me reveste
na semente do amor
onde tu me cresces .
Da rosa , eu colho o sangue
que molha o toque
que atravessa o espinho
do teu encanto .