Estendo a mão à tua presença negada
e ela ampara tua ausência
como a um broto que nasce eternamente
de sua espera:
nasce para dentro de mim
o embrião do ideal
que me amamenta
com o veneno
de tua gênese fabricada
Nego enfim o leite
ao cadáver recém nascido
da tua existência inventada
como a fincar a raiz eternamente
na tua morte negada