Para veres o real é preciso saber enxergar
a escuridão dos caminhos que não percorreste – e negas –
em nome do fiapo de luz
que é teu único ponto de vista.
Teu ponto de vista caminha sobre teus tropeços onde pisas nos corpos que deixas de enxergar.
Para sentires a luz
é preciso que dês a mão
a um outro acima , abaixo de ti
onde ambos possam tocar a realidade caminhando sobre o corpo um do outro
tateando a treva que abriga teus caminhos
Para veres a luz é preciso enxergar a mão
que percorre e constrói teu caminho.