2009-05-01 01:40:00

       
  

Fábrica

O fato se perde
nas divagações que o sugerem

Perde-se a natureza
na origem da semente
do fruto do desejo
que a concebe

Plácida, toda intenção de real
dilui-se na fábrica do acaso

De fábrica em fábrica, revela-se
o espelho do que inexiste:
toda morte é um hiato da imaginação
toda vida é um atropelo da carne que a ultrapassa

Perfaz-se a curva(também fabricada)
que retorce as tangentes
e sublima as retas:
do afeto-também fábrica-restamos nós
iludidos
enganados
agraciados
por nossa opção única
de eterna reinvenção.

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