2005-07-21 22:08:00

       
  

Sociologia gastronômica ou O assassinato consentido e necessário

Vegetarianismo é um crime contra a
natureza humana.Certo que é próprio da humanidade modificar a própria
natureza, mas que continua sendo crime, continua, ora.Como um leão
herbívoro ou um coelho que comesse carne de boi.Bizarrices.

Reza a cartilha vegetariana que comer carne é um
crime contra um ser vivo.Claro que é.Um assassinato consentido, legal e
moralmente aceito.Saboreio sem culpa um bife sangrento de uma vaca.Não
tenho dó nem piedade de uma vaca.Um bicho plácido, sem graça, enjoado
como um vegetariano.Não me admira que vacas comam capim e ração, como os
vegetarianos.

Mas como distinguir um animal comível de um que não
seja? Por que um cachorro frito é um acinte e uma galinha não?Ah, não me
venham com antropologices; com este negócio de cultura relativa porque
tudo é relativo, até o absoluto, etc e tal.Tenham dó.A resposta é
simples.Tudo se resume ao aspecto metafísico do bicho, no jeitão
dele.Cães ou gatos são demasiadamente parecidos conosco em nossos afetos
para serem comidos(até melhores que nós, eu diria).Quanto mais
distantes do comportamento humano, mais o nosso instinto assassino se
arvora.Alguns que estão no limiar entre a semelhança e a distância nós
devoramos, como bois e frangos.Matamos e temos nojo daqueles que distam
do nosso comportamento como baratas e formigas .

Vou mais além:há que haver um certo grau de
assassinato consentido para domar os instintos humanos.Vacas, galinhas e
peixes foram feitos para isto mesmo:serem mortos e devorados;feitos
para saciar nossa sede ancestral por sangue sufocada pelos excessos de
civilização.Não podemos matar nosso semelhante, ainda que seja um
canalha?Então matemos as vacas a as galinhas, ora esta, e saboreemos
suas carnes como índios antropófagos saboreiam antropólogos
politicamente corretos.

Sem este escape assassino consentido, ainda que seja
inconsciente, a psicopatia floresce.Reparem nas caras plácidas(como as
das vacas) dos vegetarianos;vejam como todos parecem psicóticos em
potencial, futuros maníacos verdes.Reparem nos efeitos colaterais do
vegetarianismo:a chatice endêmica, o anacronismo(todos oriundos dos anos
sessenta), a eco baboseira, a anorexia, o aspecto verde, a cara de
agrião.Os mais patológicos acabam fazendo parte do Green Peace.Destes eu
não gosto nem de me aproximar…

Dizem os naturebas que a carne induz a um certo
nervosismo.Mas, criaturas, um certo nervosismo é necessário, uma certa
gota de bile é absolutamente indispensável à humanidade.Eu, por
exemplo, jamais escreveria sem um tantinho de ódio incrustado à
pele.Se isto é resultado de meu alto consumo de picanha, bendita
picanha, ora…

Ademais, paz demais enjoa, dá preguiça.Se você sofre de insônia,
tente conversar, ou melhor, tente simplesmente olhar para a cara plácida
de um vegetariano durante cinco minutinhos só.Funcionará como um valium
instantâneo.Você dormirá sem ter percebido e logo estará contando
carneirinhos, ou melhor, pés de alface.

  

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