De direita
Da série ‘’soluções simples para problemas
complexos’’.Seguinte: tenho a cura básica e definitiva para a questão da
violência no Brasil, em especial nas grandes metrópoles.Tolerância zero
ou, em outras palavras, política de segurança pública de direita.De
direita mesmo.Cuspiu na rua, vai preso.A tese de que pequenos delitos
levam a outros de maior gravidade é a mais correta que já ouvi.Simples
psicologia social.E não é nova.Resolveu o problema da violência urbana
em Nova York e alavancou a popularidade do ex-prefeito Giuliani.É uma
política truculenta? É. Mas resolve.Há a possibilidade de que se cometa
injustiças? Há. Mas me digam qual política de segurança pública, ou
melhor, qual política de qualquer espécie que não esteja sujeita a
injustiças.A questão é a devida dosagem e a competente aplicação da lei.
No Brasil, claro que sempre haverá resistências a
este tipo de conduta.Sempre há a conversa mole de um trauma sofrido
pelos anos de chumbo da ditadura.Qualquer método menos sutil de combate
ao crime é visto como uma violência aos direitos humanos do
cidadão.Entenderam bem?Violência abstrata contra os direitos do cidadão
não pode;já com assalto a mão armada, sequestro, estupro e subgêneros
pode haver uma certa tolerância.Estas inversões patológicas só podem
acontecer em um país onde impera a bobagem. Pessoas com nobilíssimas
intenções saem às ruas vestidas de branco com bandeiras pedindo
paz.Pedindo paz a quem , cara pálida?Ao Fernandinho beira mar e seus
asseclas e comparsas?Uma tentativa de comoção nacional da
bandidagem?Bandeira branca , em uma situação de guerra(contra o crime,
no caso), tem uma outra denotação, a da capitulação, de rendição
imediata.Imagino um traficante desdentado com uma escopeta nas mãos
rindo das ofensivas verborrágicas de sociólogos a artistas pacifistas
pedindo paz e harmonia para a humanidade.
Minhas castas e bem intencionadas criaturas, não se
combate o crime com boas intenções, amor e harmonia.Sim, sim, Jesus
Cristo fez isto, purgou a humanidade de seus pecados, dando a outra face
ao agressor, mas do ponto de vista prático, o que aconteceu foi
que o homem foi torturado e crucificado até a morte.Não acredito que
ninguém esteja disposto a tal sacrifício em nome da humanidade, muito de
menos de ‘’dar a outra face’’ quando está sendo
estuprado(imaginem…).Violência urbana se combate com o uso racional e
organizado de repressão à violência;com o uso mesmo de violência
racionalizada(se preciso for) contra a violência desmedida de
criminosos.Isto implica, se necessário, o uso das forças armadas e o que
mais se necessitar.Mas não, as pobres vítimas simbólicas da ditadura e
membros da esquerda festiva sentem engulhos quando vêem soldados de
fuzil na mão nas ruas.Preferem, claro, ser roubados e assassinados;
preferem ser vitimizados por delinquentes que, afinal de contas, são
também vítimas de uma perversa exclusão social…
Eu, cá para mim, prefiro minha solução direitista,
anti-pacifista de combate ao crime.Chutou cachorro na rua, vai
preso.Pichou o muro, vai preso.Passou a mão no traseiro da opulenta sem a
devida autorização, vai preso.Noções básicas de civilização são as
primeiras leis que inibem qualquer tipo de crime.Destas pequenas coisas
até a presença das forças armadas, se necessário , como é necessário no
Rio de Janeiro, por exemplo.Lá, os novos membros da esquerda festiva
compram maconha na rocinha e fumam em plena praia.Tudo isto, claro, em
nome da rebeldia contra a ordem estabelecida e a favor dos arrastões,
das legítimas sublevações da massa popular contra a burguesia.A polícia,
claro, assiste de braços cruzados estes movimentos rebeldes que
redundam na mesma imbecilidade coletiva.
Em tempo:nada contra ou a favor a maconha, que,para mim, não fede nem
cheira(aliás, fede sim).Mas tudo contra uma determinada rebeldia
estúpida e infantil, típica de adolescente de nariz empinado com trinta e
sete espinhas na cara e nenhum miolo na cabeça.Ah , e aqui não falo
apenas dos maconheiros da orla marítima do Rio.Falo de todos os gentis
cidadãos da terrinha.Uma metáfora tupiniquim mais que elementar.