Estendo a mão e atravesso
o teu toque proibido:
pela distância, pelo tempo,
pela aparente liberdade
de olhar no céu uma estrela
e tê-la ao alcance da mão
e à distância da ilusão.
Toco tua mão e nos limita o toque
onde não chegamos
a uma mútua compreensão.
Nos abraçamos na impotência
de qualquer profunda comunicação.
Não importa:
teu toque proibido , agora perto
me queima como o suicidio
de tocar a estrela antes distante
e pensada
que ora me queima
o corpo a vida a intenção.
Ouso o crime de te tocar
como à estrela vista e distante
que incendeia minha intenção.
Ouso o crime de te tocar
como ao vírus mortal e invisível
e nos abraçamos
em criminosa e deleitável
e recíproca
infecção .