Didática

Acaricio teu ódio
como à criança recém nascida
que nada entende da vida
que a recebe
e chora pela dor
do conforto perdido
do sono no ventre.
(Despertar dói e demora
e se adia a toda hora. )
Toco teu ódio e o aleito
como a mãe que amamenta o filho
que devora o que não entende.
Teu ódio aninha o amor
que lhe tenho.
Tua cegueira ilumina
minha vontade de te enxergar
para além da fome que tens
em me esmagar.
Teu ódio me ensina
a contigo caminhar.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *